Reviver, é trazer-se ao presente sombras de um passado no labirinto do tempo... سونيا بباتربس

P á g i n a s de P o e s i a: Só um dia

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Só um dia



Um dia ...
Somente um dia...
Um dia, como antes fez-se o depois...

Um dia como ontem só mais um dia...
Sentimentos qual estandartes sobre o chão
ainda lembram batalhas que travamos contra
o tempo...

Onde os olhos já não podem ver...
Onde o orgulho já não pode sentir...
Onde a voz já não pode seguir...

Um dia...
Nada mais que um dia...
Um simples dia...
Um dia de quimeras fantasias erguidas ao vento... 

Expostas ao tempo deste mais um dia...
Onde a vitória do destino corre em busca de aplausos!
A derrota do viver, esconde-se de si própria...
como se estivéssemos diante do findar de mais um dia...

Em que tempo sonhas agora ...
De que esperança teu coração se alimenta ...
Por qual trilha te deixaras levar ...
Em que precipício te verás despencar aos rasgos desta
paixão?...

Grandes são os sentidos da razão...
Maiores são os sentimentos do coração...
Todos os dias para pensar...
Sempre na mesma busca do que não esta...
Por todos os dias a esperar pelo que não há...

Um dia se faz entre nós...
Onde não houvera mais brilho...
Onde por caminhos fiz versos...
Por ruelas esqueci poemas...
           
Enigma dos meus passos, mistério do meu encontrar
em mais um dia de solidão...
Que de silêncio me envolve o despertar, e qual sombras
de antes em um dia depois...

Dentre a mentira paixão do iludido coração, entre um dia
e outro...
Entre a injustiça do não estar, na sentença do perder,
de um dia, somente um dia...
Um dia, nada mais que um dia...

De ver-se transformar o sorriso em pranto...
a felicidade em saudade...
Ver-se da luz, a escuridão...
Do sol, a tempestade, em
um único dia...

Que entre versos perdidos, o poema ausente da alma
já cansada de tanto esperar...
Que um dia contempla, que do dia indaga, o que um
dia foi... este dia onde estará?

No pesar que sufoca, do sentir que se afoga, quando dos
sentimentos enterrados no chão, qual raízes de palavras
mudas; de frases caladas...

Naufragas ao pranto da solidão..
Por um dia, não mais que um dia...
Farei despertar minha fantasia...
Desta noite ao meio dia...


Vi desmanchar-se minhas esperas...
Romperem-se os meus sonhos...
Desfazerem-se minhas alegrias...
Neste simples dia...

Um dia, só mais que um dia...
Quão interminável dia há se enfrentar na espera de um haver...
Por somente mais um dia...
Nada mais que um dia...

سونيا بباتربس سالم


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