Reviver, é trazer-se ao presente sombras de um passado no labirinto do tempo... سونيا بباتربس

P á g i n a s de P o e s i a

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Fuga




Dentro de um azul profundo tentei mergulhar em busca de uma fuga...

Talvez tentando libertar o pensamento que não fugia...


Por entre os matizes do sol que se punha te senti presente...

Perto e calado em meio a ventania...


Dentre as cortinas tremulas pelo vento vi teu vulto cuja sombra o luar estampava sobre meus lençóis...


 E senti uma saudade da boca que invade sem que se saiba o porque...
Quis sentir o teu cheiro em meio ao derradeiro sentido de viver!


Sem querer te perder...

Sem querer te ver partir...

Querendo tão somente te ter, te amar, te sentir...
 

Ainda trago entre os lábios o sabor dos teus beijos...
Quis sentir-te em meus braços, sentir teus abraços
sem poder te esquecer...


Disseste que eu não te compreendi...

Porém eu digo, que não soubeste amar!



Mas o tempo passou...

A noite adentrou...

E eu, adormeci... 


سونيا بباتربس سالم

Só um dia



Um dia ...
Somente um dia...
Um dia, como antes fez-se o depois...

Um dia como ontem só mais um dia...
Sentimentos qual estandartes sobre o chão
ainda lembram batalhas que travamos contra
o tempo...

Onde os olhos já não podem ver...
Onde o orgulho já não pode sentir...
Onde a voz já não pode seguir...

Um dia...
Nada mais que um dia...
Um simples dia...
Um dia de quimeras fantasias erguidas ao vento... 

Expostas ao tempo deste mais um dia...
Onde a vitória do destino corre em busca de aplausos!
A derrota do viver, esconde-se de si própria...
como se estivéssemos diante do findar de mais um dia...

Em que tempo sonhas agora ...
De que esperança teu coração se alimenta ...
Por qual trilha te deixaras levar ...
Em que precipício te verás despencar aos rasgos desta
paixão?...

Grandes são os sentidos da razão...
Maiores são os sentimentos do coração...
Todos os dias para pensar...
Sempre na mesma busca do que não esta...
Por todos os dias a esperar pelo que não há...

Um dia se faz entre nós...
Onde não houvera mais brilho...
Onde por caminhos fiz versos...
Por ruelas esqueci poemas...
           
Enigma dos meus passos, mistério do meu encontrar
em mais um dia de solidão...
Que de silêncio me envolve o despertar, e qual sombras
de antes em um dia depois...

Dentre a mentira paixão do iludido coração, entre um dia
e outro...
Entre a injustiça do não estar, na sentença do perder,
de um dia, somente um dia...
Um dia, nada mais que um dia...

De ver-se transformar o sorriso em pranto...
a felicidade em saudade...
Ver-se da luz, a escuridão...
Do sol, a tempestade, em
um único dia...

Que entre versos perdidos, o poema ausente da alma
já cansada de tanto esperar...
Que um dia contempla, que do dia indaga, o que um
dia foi... este dia onde estará?

No pesar que sufoca, do sentir que se afoga, quando dos
sentimentos enterrados no chão, qual raízes de palavras
mudas; de frases caladas...

Naufragas ao pranto da solidão..
Por um dia, não mais que um dia...
Farei despertar minha fantasia...
Desta noite ao meio dia...


Vi desmanchar-se minhas esperas...
Romperem-se os meus sonhos...
Desfazerem-se minhas alegrias...
Neste simples dia...

Um dia, só mais que um dia...
Quão interminável dia há se enfrentar na espera de um haver...
Por somente mais um dia...
Nada mais que um dia...

سونيا بباتربس سالم


Perdoei...



Perdoei, muito perdoei!

Perdoei palavras inesquecíveis!
Erros imperdoáveis...
Perdoei! 

Perdoei momentos de distancia! 
Instantes de ausência...
Horas de saudades...
Dias de espera!

Perdoei o destino, o desencontro do tempo!
Perdoei o passado que me roubou a felicidade! 

O presente que me furtou de ti...
O futuro que não me chegou!

Perdoei a esperança por ter me iludido!
A espera por não ter me encontrado!

A mentira de ter existido!
A verdade por ter me faltado!

Perdoei a mim mesma por ter me enganado!
Perdoei! Muito perdoei!

Perdoei a muito!
Perdoei a tudo!
Perdoei a nada! Perdoei em vão!
Perdoei o tempo, que nem se quer me pediu perdão!

سونيا بباتربس سالم

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Vazio




De repente deparai-me com a vida...

Uma vida feita de sonhos...


Lindos sonhos que dia após noite vivifiquei em toda sua plenitude.

Presenciando momentos derradeiros e inesquecíveis.


Mas como o vento que à tudo transforma e a paisagem modifica,

foi o meu despertar...


E da suavidade de um pôr de sol a vida tornou-se uma patética rotina...


Do dia fez-se o nada...


Da noite fez-se o Vazio...


سونيا بباتربس سالم